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domingo, 26 de setembro de 2010

Não sei se caso ou se compro uma bicicleta

Quem já não teve essa dúvida? Eu tive. E num dado momento, embora não tenha comprado a bicicleta, também não casei. Ainda bem! Não teria dado certo. Não com aquele.

É impressionante como uma pessoa dá sinal do que é, e mais impressionante ainda as vezes que não queremos ver.


Estou no meu segundo casamento. O primeiro não deu certo. Imaturidade? Acho que sim. Pode acontecer. Houve separação, sofrimento e sequelas. Muitas. O problema não foi caráter, diferenças mesmo.

Mas não é disso que estou falando, e sim daquele que chega com uma bagagem de príncipe encantado. Manda flores com freqüência, telefona sempre, sente ciúmes na medida, traz presente, não esquece uma data, gosta da sua mãe, do seu pai, da sua família toda, até daquele cunhado que nem você consegue aturar. Hum! Peguei pesado aqui, vou reformular. Daquele cunhado que você tem dificuldades em conviver. Melhorou. Acho.

Depois de bem instalado, quando todos acham que você tirou a sorte grande, ele começa a se revelar. Claro que ninguém consegue encenar o tempo todo, e suas características verdadeiras começam a aparecer.

Difícil sair da situação porque, quando o quadro começa a mudar, você já está tão envolvida que chega a suspeitar se será feliz de novo sem ele. Aí é que o perigo se torna tão presente que um precipício começa a despontar bem a sua frente. Mas quem diz que você consegue ver assim? No máximo você vê um buraco, e, diga-se, bem pequeno, que acha ser capaz de tampar sem ninguém perceber.

Mas, não é assim que funciona. Se não voltar atrás, você vai implodir o seu mundo e o das pessoas que estão à sua volta.

 Não estou dizendo que é fácil, quase sempre não é. Mas a sabedoria precisa ser usada, mesmo que vá de encontro ao seu sentimento.

Já vi isto acontecer com amigas, e, depois de um tempo, a separação acontece. Só que, quanto mais demorar mais partes vão sendo destruídas. Conceitos vão precisar ser revistos, já que você coloca à prova até suas certezas, a auto estima rasteja, pede socorro, e muitas vezes entra em estado terminal.

Dizem que ser sábio é encontrar o equilíbrio em tudo, mas também é conseguir enxergar com a razão, distinguir o certo do errado em todas as áreas, principalmente quando se trata do coração.

Depois de muito apanhar, acho que na última experiência antes do novo casamento, eu aprendi. Tive muita dor de cabeça, literalmente, cheguei a ficar internada. Podia ter terminado um pouco antes, mas terminei. Consegui dar um basta, embora bem perto do abismo.

Hoje, fazendo um balanço, sinto até arrepios ao lembrar o risco que corri. Sem falar que não teria tido a oportunidade de encontrar meu atual cônjuge (palavrinha feia esta). Meu marido é minha alma gêmea, sou muuuuuuuuuito feliz com ele. E, ... “que seja eterno enquanto dure” (?)...  Claro que não. O que realmente espero é que dure eternamente.

1 comentários:

®ê Werneck disse...

Gostei :) Ganhei esperança !!! Ouvir histórias reais é sempre bom pra acalentar o coração :)

Bjs

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