quarta-feira, 27 de outubro de 2010
A dor de Keka ...
Este domingo foi um dia muito puxado. Acordei as 05h00min da manhã para buscar minha mãe na rodoviária (delícia), as 10h00min fui para a sede do fluminense prestigiar o jogo de vôlei da Duda (não basta ser boadrasta, tem que participar).
Antes do término do jogo, que começou muito atrasado, saí correndo para socorrer o Rômulo, meu caçula, que precisava da mãetorista aqui. 15:00 horas já estava no hotel Intercontinental, em São Conrado, para ele “passar” o som, já que iria cantar à noite com a banda Eletra num evento.
Após passagem do som fomos rapidamente para o shopping da Gávea (Teatro Clara Nunes), onde ele tinha pouco tempo para maquiagem e troca de roupa. Ele está no musical Procurando Nemo (sou super suspeita, eu sei, mas vale conferir. Uma gracinha a peça, ele também). Depois da peça mais correria ainda, precisavamos estar voltar ao Intercontinental até 19h30min.
Tudo isso com minha mãe a tira colo (eu não podia perder nem um segundo da companhia dela, e, além disso, ela queria prestigiar o neto).
Após deixá-lo de volta no Intercontinental, parti para o Recreio, casa da Cida, onde minha mãe passará a semana. (Uma pausa – quando deixei meu filhote no hotel perguntei se ele precisava de mais alguma coisa, recebi como resposta – Só o seu amor pra sempre. Que mãe resiste a isto?). Depois de bater um papinho relâmpago com minha mana voltei para casa. Claro que cheguei acabada. Já eram 21:00 horas.
Depois do banho, jantar e fazer uns mimos no maridão, fui para a internet dar uma olhadinha em alguns blogs. Tem gente que precisa ver TV para o sono chegar, outros de um copo de leite, e eu, como toda blogueira, preciso da internet. Olhei o meu blog, o da Rê - Sem Sentir Saudade e ainda o da Keka – Coisas de Meninas.
Foi aí que parei. Tinha planejado ficar apenas de 15 a 20 minutos, mas quando comecei a ler o que estava escrito, não consegui parar. Fui lendo, lendo, lendo e pude perceber a dor que ela tem experimentada nesses últimos dias.
Não conheço a Keka, não pessoalmente, mas claro que sinto com se a conhecesse, pois visito seu blog sempre que posso. E foi por isso que resolvi escrever sobre o sofrimento estampado em cada linha do que li. E já aviso que o post não terá nenhum posicionamento por não ter conhecimento profundo dos fatos, apenas convida a quem se interessar a procurar informação antes de formar opinião.
Eu imagino que a dor esteja por todos os lados de todas as famílias envolvidas, portanto não estou aqui desmerecendo o que cada um passou, muito pelo contrário. Só quem passa por um momento desses pode amargar a intensidade da sua própria dor.
Mas por hora, o post apenas se solidariza, em especial, com a dor de alguém, no caso a Keka, o que no momento julgo ser importante. Pois ela, mesmo não tendo participação direta no ocorrido, sofre as conseqüências com tal intensidade que eu, por também ser mãe, senti vontade de dar um colinho para ver se conseguia aplacar um pouquinho a sua dor.
Tem um bom tempo que um amigo meu passou por uma situação de vida e morte. Já disse algumas vezes que a tragédia anda rondando por aí, e que, algumas pessoas ela pega de mais intensamente, agora é a vez da Keka, já aconteceu comigo. Umas famílias a tempestade resolve passar de forma mais branda, mas de uma forma ou de outra todos nós somos assolados por ela.
Voltando ao meu amigo, na época em que ele estava internado, eu não conhecia ainda sua família, mas sabia onde ele morava porque era pertinho de mim. Um dia, depois de uma das várias operações a que foi submetido, o quadro se agravou muito. Quando soube da notícia que ele estava muito mal, resolvi mandar uma carta para a mãe dele. Nem mandei pelo correio devido à urgência, pois achavam que ele iria morrer.
Fui até onde ele morava e coloquei, eu mesma, na caixa de correspondência, Minha carta chegou numa boa hora. A família estava desanimada e a carta foi um bálsamo num momento de muita dor.
Depois soube que fiquei sendo conhecia como a “pessoa da carta". Hoje o meu amigo está bem, superou a tragédia. E eu, que depois acabei conhecendo sua família, sinto-me como se fizesse parte dela. Uma simples carta fez diferença, acudiu os membros de uma família que precisavam saber que muitas pessoas estavam fazendo uma corrente junto com eles.
Num momento desses, quando o mundo desaba, precisamos de todos os amigos e das pessoas que nos querem bem, mesmo que distantes. Podem acreditar, estou muito comovida com a Keka, tenho pedido a Deus para que ela e todos das famílias envolvidas consigam superar esse momento tão catastrófico. Eu ouvi falar do caso, não com todos os detalhes, mas sei bem que numa situação existe sempre a verdade de um, a verdade do outro, e a verdade.
E é por isso mesmo, enquanto as coisas não são esclarecidas, que mais se deve estender a mão, sem medo, sem preconceitos, apenas porque somos humanos e precisamos agir como tal. Se não for por isso que seja, pelo menos, por não conhecermos o amanhã. Ninguém está livre de uma tragédia dessas.
Minhas orações esses dias serão constantes, estarei engrossando a corrente que pede a Deus para que haja justiça. Que as pessoas que estão à frente do caso sejam divinamente iluminadas e que a serenidade esteja com os envolvidos.
Que a Keka, que sempre passa tanta doçura, não se embruteça e perca a menina que existe dentro dela. Que ela consiga sobreviver, vencer e continuar como um diamante mais lapidado ainda.
Nós sabemos que uma tragédia pode destruir uma pessoa, um casal e uma família inteira. Mas que não seja este o caso dela. Que ela não fique presa a esta situação e que ela tenha a certeza que a tragédia um dia vai acabar. A dor nunca é eterna.
Que todas nós, freqüentadoras do seu blog, possamos clamar a Deus para que os dias difíceis sejam abreviados. Isto é o mínimo que podemos fazer por uma pessoa como ela que tantas vezes, sem nos conhecer, iluminou nossas manhãs.
Forças Keka! Com carinho de alguém que entendeu a profundidade da sua dor.
Foto: Retro'sbellale
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5 comentários:
♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ Linda escrita ♥ ♥ ♥ ♥ ♥ ♥
Vc viu que barra ? Coisas de Meninas foi um dos 05 primeiros blogs que eu comecei a acompanhar. Tomei um susto quando ela anunciou o "dar um tempo" e fiquei abismada quando ela explicou a razão. Sinto saudades dos posts por lá, mas entendo 100% a posição dela.
Eu acredito muito naquela famosa frase: "no fim tudo dá certo". Com os envolvidos nessa história, não será diferente !
Bjs
Rê, muitos blogs eu conheci através do seu. É triste saber da vulnerabilidade a que estamos submetidos a cada dia.
Vamos esperar e pedir a Deus para que tudo termine bem.
Bjs
Sandra
Gostaria que todos soubessem que consultei a Keka sobre o texto, pois se é para ajudar ela tem que estar de acordo. E ela está.
Bjs Keka, adorei seu mail.
Poxa... não sei o que houve, mas espero realmente que tudo acabe bemmm!!!! :O
Força para Keka!!!
Fabíola, dá uma lida no blog dela, vale pra formar opinião.
Bjs
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