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Sou muito atenta às pessoas que me rodeiam em todos os
seguimentos da minha vida. Além disso,
sou uma eterna observadora dos comportamentos e também dos relacionamentos
humanos e, justamente por isso, posso afirmar sem medo de errar que mais da
metade das pessoas que conheço é refém de alguém ou de alguma coisa.
De alguma coisa seriam os vícios que não vou explorar aqui,
vou me prender apenas aos relacionamentos, sobre vícios talvez fale algum dia.
O ser humano busca freneticamente sucesso nas mais diversas
formas, cores e tipos. Entre os mais almejados estão fama, dinheiro,
conforto... Etc e tal, mas esquece de
buscar e cuidar atentamente da sua liberdade.
Eu posso afirmar, pela experiência que tenho e pelo que venho vivendo
ultimamente (vou fazer outra cirurgia), que a saúde é o maior bem que temos, e
que depois vem a liberdade.
Pessoas que não podem sair com amigas porque marido não
deixa, mães que precisam chegar a casa antes do filho para aprontar o almoço
senão o mau humor impera, ou mesmo maridos oprimidos que vivem apenas para obedecer
ordens das esposas são mais comuns do que eu imaginava ou que eu gostaria de
presenciar.
É triste ver tantas pessoas “acorrentadas” levando uma vida
que não gostariam, sem vislumbrar uma saída.
Embora seja fácil resolver a vida dos outros, porque além de
estarmos de fora e ver o problema por outro prisma, e ainda pela falta de
envolvidos emocionalmente com a outra pessoa, devemos estar atentos aos nossos
próprios problemas. Temos que ter sempre em mente que ninguém dorme bem e
acorda refém. Isso normalmente vai acontecendo day by day.
Tenho aprendido a cada dia que pessoas que não conseguem
ficar bem com elas mesmas não são boas para gozar da nossa atenção, muito menos
do nosso tempo, porque são reféns delas mesmas. Via de regra essas tais pessoas
são autossuficientes e, embora precisem
descaradamente de tratamento, jamais terão cura. Para essas pessoas tratamento
é para os fracos, e eles estão acima dos mortais. Não conseguem ouvir o que
você tem a dizer, porque só o que eles falam parece ter importância. Geralmente
só se sentem bem quando colocam alguém pra baixo, vivem fazendo chacota do modo
de ser, andar ou vestir das outras pessoas porque dessa forma não deixam
ninguém reluzir o menor raio de luz, para que não se sintam ameaçados.
Normalmente são pessoas soberbas, sedutoras, que levam as pessoas que convivem
de perto a adoecer, chegando à beira da loucura. Deveriam andar com uma placa –
Mantenha distância – (acho que já li isso em algum lugar... Talvez naquele
livro Mentes Perigosas. Sei não). Mas, voltando, é o contrário que acontece, por serem
carismáticos atraem as pessoas.
Nesse meu meio século de vida, já estive em ambos os lados:
já me tornei refém e, como instinto de sobrevivência, aprendi a fazer reféns
também, e posso garantir que nenhum dos lados traz felicidade. Também já fui
insuportável e deprimida, mas só em momentos de crise, na maioria das vezes fui
muito amada e fui amável também.
Muito cedo aprendi a
lidar com meus demônios e medos e a forçar boas atitudes para que as reações
causassem lucros e não prejuízos. Por isso, e também por ter que me virar
sozinha por muito tempo, que não abro mão da minha liberdade, mesmo que
acompanhada.
Qualquer pessoa que estando ao seu lado te faça pisar em
ovos, medir palavras, sentir medo, não merece a sua companhia, provavelmente,
se ela conseguirá extrair alguma coisa de você, será o que você tem de pior. E,
nesse caso, vale mesmo o ditado “antes só do que mal acompanhada”.
1 comentários:
Perfeito.
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