Que sentimento é este que me assola desde a minha meninice, quando das brincadeiras colocava uma boneca no colo pra ninar.
Que sentimento é este que, enquanto eu crescia, não me abandonou e que de tempo em tempo se manifestava esperando o momento certo de aflorar.
Já madura, mulher, vendo o corpo se modificar pelo ser que dentro estava a gerar, este mesmo sentimento reaparece, mas muito, muito mais forte, como um vulcão pronto a entrar em erupção.
Com a chegada do filho, a descoberta de que aquele sentimento, presente desde a infância, é bem maior do que se pudesse imaginar ou ate mesmo suportar. A certeza de "antes nunca ter amado alguém de verdade"
Que sentimento sofrido e confuso é este que me deixa insegura. Se dormes, com saudade quero te acordar; se choras, quero tuas lágrimas enxugar; na verdade não sei nem ao certo como te educar de tanto medo de vir a errar.
E se sofres, ah! Se sofres, gostaria de estar em teu lugar. Quisera eu poder traçar os teus caminhos de uma forma que o sofrimento jamais viesse a te alcançar.
Hoje, mãe, por também ser mãe, te entendo, e te digo que, por mais que eu tente, nunca conseguirei te agradecer pelos anos que te roubei, pelos cabelos brancos que te causei, nunca dedicarei a ti o amor que tens por mim.
Mas uma coisa é certa, foi contigo que aprendi o que é o amor. Você se esforçou, me educou e me formou, você me deu força e me fez forte. Você acertou.
Hoje, como mãe também quero acertar e é por isto que estou a te imitar.
Com carinho,
de Sandrine Pereira para sua Mãe Zenith de Almeida Pereira.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Nossa... q LINDO texto... ameiiii!!
Parabéns pra vc e para sua mãe pelo dia das mães!!! :D
Postar um comentário