Bienal de SP – estou a caminho

É minha primeira Bienal, por isso mesmo, sem grandes pretensões. Não conheço quase ninguém em São Paulo e também não sou conhecida por lá, um desafio e tanto!

Mesmo assim felicíssima com a oportunidade. Não vejo a hora de embarcar e pisar pela primeira vez num território como escritora.

Não importa se uma ou duas pessoas apenas vão procurar meu autógrafo, o que importa é o ato de acreditar, tentar, seguir em frente em um novo caminho, difícil, mas possível. Por que não?
Quando vejo pessoas tão bem sucedidas nessa estrada, como a Thalita Rebouças, que postou em seu blog:

“Tinha esquecido o quão prazeroso é estar num palco contando (e relembrando) minha batalha para me tornar escritora e todos os obstáculos (eles surgem de onde a gente menos imagina) que enfrentei para realizar esse sonho.”

Penso que temos que pelo menos pagar pra ver. Se não der certo, não deu, vamos tentar outra coisa. São as buscas por novas conquistas que nos mantêm vivos.

Terei ainda dois lançamentos no Rio, um na escola Municipal Castelnuovo, onde trabalho, e outro na Barra da Tijuca. Com certeza nesses dois eventos estarão presentes minha família, muitos amigos, alunos e ex-alunos. Se for só para eles, já terá valido a pena o projeto. Muitos me incentivaram, querem ler o que tenho a dizer, e isto já é uma recompensa.

Então, até breve.

Enquanto isso deixo com vocês fragmentos do romance para que comecem a se familiarizar com ele.

Hasta la vista

“Os mais experientes são mesmo tolos, acham que sabem tudo... A maioria não contempla mais um mundo a ser descoberto... Somente uma pequena minoria o invade, o persegue, fazendo dessa nova fase, que vem com a maturidade, um novo estio de vida. Privilégio de poucos.”

“Temos alguns demônios que tentam nos reger e, se não tomamos cuidado, eles se expandem e, a partir daí, somos capazes de coisas horríveis, mesmo quando crianças.”

“Os nossos desejos, quando pronunciados, encontram uma atmosfera favorável e se realizam.”

“ “Ninguém sabe o que é amor de verdade até ter um filho.” Acho que naquele momento, ela estava experimentando outra realidade: ninguém sabe o que é dor de verdade até perder um filho.”

“Foi nesse momento que começamos a aprender que pequenas atitudes poderiam fazer grande diferença em nossas vidas.”

“É estranho o que acontece quando alguém desaparece sem dar explicação. A família fica procurando o fio da meada, mas simplesmente ele não existe. Todos ficam presos como se tivessem recebido uma sentença.”

“Eu tinha um vazio no peito, um buraco no estômago, uma dor na alma, a dor do abandono”.

“Acho mesmo que os primeiros alunos são muito especiais, isto não é para todo mundo. Como dizem por aí, “poucos podem ser gênios, mas todos podem ser bons” e eu me enquadrava no segundo grupo.”

“E nós, que pensávamos saber tudo uma das outras, começamos a descobrir que, por mais que possamos parecer transparentes, sempre temos os “nossos túmulos caiados.”

“Se minha mãe estivesse por perto, provavelmente teria dito que ela estava ficando doente por causa da sua dor. Minha mãe afirmava que nossa mente influencia no nosso corpo.”

“Ninguém melhor do que uma mãe para traduzir a nossa dor.”

“A maternidade é um sentimento ímpar, uma mistura de dor e alegria. Acho que é o mais perto que chegamos da materialização do amor.”

“Naquele momento eu percebi que nunca mais seria a mesma pessoa. Estaria maravilhosamente presa, para sempre, àquela criaturinha tão indefesa.”

“Como é difícil educar! Como é doce e amargo! Mas ela foi amada, muito amada, e amor nunca é demais.”