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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

“Caminhando e cantando”...

Costumo caminhar pelas manhãs pelo menos três vezes por semana, única atividade física remanescente neste momento atarefado da minha vida. Hum... Que inveja das minhas amigas que não abandonam os exercícios físicos por nada. Gosto de meditar enquanto caminho, para isso, nada melhor do que ter ao fundo as músicas do Leonardo Gonçalves. Por isso mesmo, meu marido costuma brincar comigo dizendo: - caminhando e cantando... Às vezes, ele, o marido, me acompanha para que eu não desanime. Ele é um atleta e não se cansa nunca (diga-se: Faixa-preta 4º Dan em Aikidô). Quer mais?  Bem, ele não vai gostar dessa exposição aqui,  mas agora já foi. Continuando, tempo perdido, dele, de novo o marido. Um dia vou desanimar e terei que arrumar uma alternativa. Na verdade gosto mesmo de nadar, mas meu cabelo odeia.

Como caminho em volta do Maracanã, que finalmente fechou para as reformas, é inevitável que não observe as pessoas que passam e repassam por mim. Pude constatar que uns caminham por lazer, outros por prazer, uns pela vaidade e outros pela necessidade.  Têm ainda os sarados, que além de caminhar exibem seus músculos nos poucos aparelhos que existem por lá. E as saradas, com suas indumentárias impecáveis. E eu, que tento juntar prazer, um tempo para mim e “necessidades”. Quem não as têm? Principalmente na região da famosa barriguinha...

Alguns enquanto caminham dão seus recados. Tem um senhor que está sempre de bicicleta espalhando suas frases filosóficas pra quem quiser ouvir, e muitos entregadores de folhetos principalmente agora em época de eleição, que tornam o percurso sujo. Há sempre um ônibus de turismo, dos hotéis mais famosos, num ritual de fotos. Já fui parada por um turista que me pediu para registrar o momento com sua amada. Sem noção! No meio da minha caminhada, mas não tive coragem de dizer não. Casal mais bonitinho aquele.

Vejo também os reflexos dos nossos tempos: crianças ainda em carrinho ou com bolas e patins, sempre acompanhadas por babas e avós, já que mãe hoje em dia não tem tempo pra isto. Muitos mendigos, muros pichados e as ruínas do museu do índio que um dia nós, míseros mortais, pagamos para reformar. E ao fundo o cenário de uma favela, da mangueira.

Em tempos de jogos, muitas filas, muita confusão e muito desconforto também, já que invadem as pistas e temos que ficar desviando. E, em momentos de provas, pior ainda. Ninguém sabe direito por onde entrar, muitos pais esperando e milhares de vendedores de todos os tipos e de muitos motivos.

Claro que adoraria estar caminhando de frente para o mar. Tem coisa mais chique que isto?  Ter sempre a pista e o mar a sua disposição todas as manhãs! Já tive e vou voltar a ter, espero que em breve. Com certeza levaria mais tempo para me cansar da atividade, e nos dias mais quentes ainda esticaria naquele papinho a beira mar.

Mas, enquanto isto não vem, vou aproveitando e me inspirando por aqui. Vivemos aprendendo, e quem gosta de escrever tem aqui um prato cheio, e observar sempre trás novas idéias. Tive esta enquanto caminhava, e outras que vocês também lerão por aqui. E o mais importante, fica o aprendizado de que há sempre uma alternativa de lazer, inspiração, contemplação e mesmo de satisfação onde quer que você esteja.  É só procurar e tentar por em prática um pouco dos chavões que existem por aí: “Tentar ver o lado bom, em qualquer situação”. E tenho dito.

1 comentários:

Fabíola disse...

Adorei esse post!!!
Tb gosto de observar as pessoas... como são diferentes!
E vc escrevendo parece q estou vendo todas dando voltas pelo Maracanã... :D

Bjão,
Fabíola

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