Lixo extraordinário - por Vik Muniz - ( No original – Waste Land)

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Tive o prazer de assistir ontem ao documentário – Lixo extraordinário (no original – Waste Land), do artista plástico brasileiro Vik Muniz, que concorreu ao Oscar de melhor documentário.

Fiquei encantada com o que vi e recomendo. Vale muuuuuuito assistir, cheguei a chorar em alguns momentos. Embora o documentário não tenha levado a estatueta, eu garanto que alcançou seu propósito, pois não tem como não ficar impactado com tudo o que foi mostrado.  Mexeu muito comigo, e creio que vai mexer com quem tiver a curiosidade de assistir.

Eu sabia pouco sobre Vik, algumas obras, abertura da novela Passione, uma coisa aqui outra ali... A partir do filme fiquei sabendo um pouco mais sobre ele. Inclusive, a exposição do autor foi justamente o que dividiu os jurados, alguns acharam que poderia ser algo promocional, o que acho pouco provável, Vik, na sua atual condição, não precisa mais disso. Mas, polêmicas a parte, tem coisas que jamais vou esquecer depois do que vi ontem.

Vamos a uma prévia:

No filme Vik diz que talvez “As crianças de açúcar”, seja a obra mais importante de sua carreira. Ele relata ter estado em São Cristóvão, uma ilha caribenha, e ter tido contato com as crianças de lá. Bem, vamos ler o que o próprio Vik disse: 

As palavras de Vik:

-  Eu imagina o desenvolvimento daquelas crianças belas e incríveis em um adulto que fosse igualmente feliz, pois ali era um paraíso. Mas os pais delas eram muito tristes, cansados, fatigados. Pessoas  que trabalhavam turnos de 16 horas nos canaviais. Eu pensava no que estava faltando na transição entre aquela infância e os adultos desolados. Era o açúcar. A doçura foi tirada daquelas crianças. Quando voltei para NYC, comecei a desenhar os rostos com açúcar. Percebi que podia fazer muita coisa com ele.”

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Agora a sinopse do documentário:

Filmado ao longo de dois anos (agosto de 2007 a maio de 2009), Lixo Extraordinário acompanha o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, na periferia do Rio de Janeiro. Lá, ele fotografa um grupo de catadores de materiais recicláveis, com o objetivo inicial de retratá-los. No entanto, o trabalho com esses personagens revela a dignidade e o desespero que enfrentam quando sugeridos a reimaginar suas vidas fora daquele ambiente. A equipe tem acesso a todo o processo e, no final, revela o poder transformador da arte e da alquimia do espírito humano.  

Depois disso só posso torcer muito para que você tenha acesso ao documentário, e que, a partir dele, você perceba que todos nós podemos fazer alguma coisa, de onde estamos, para mudar a vida de alguém em algum lugar.