Fazendo novas amizades

Para aprender a lidar com os portadores de necessidades especiais, só precisamos de uma única coisa: conviver com eles.

Hora do Parabéns

Quem diria!!!

Amor antigo

Eu e Mariane

Ontem foi o aniversário da minha sobrinha Juliana, a Juju. E, como toda menina, teve sua festa ornamentada com a cor rosa. Tava tudo lindo!!!

A festa durou o dia todo, coisas da minha mana Cida. De manhã brincadeiras e oficinas, depois um ótimo almoço e a tarde uma tremenda discoteca. Estou acabada!#adorodançar

A festa foi muito divertida, e o Rodrigo, meu filho mais velho, se acabou com os menores. Nem eu conhecia esse seu lado, vamos dizer, paterno.

Enquanto a festa rolava fiz novas amizades. Conheci várias crianças portadoras de necessidades especiais e ainda fiz novas descobertas. 

Dentre as várias características deles, que já conheço bem, duas me chamam sempre mais atenção:

1ª Como eles são sinceros. 

Não tem essa de disfarçar, falam o que estão pensando e pronto.

 Um deles, que estava com a namorada, virou para o Rômulo, meu filho mais novo, e disse o seguinte:

- Você precisa dar atenção a minha namorada porque eu tenho que me divertir. 

Rômulo respondeu que não poderia naquele momento porque estava assistindo a final de um jogo com o primo.

Ele continuou:

- Não foi isso que eu falei. Eu estou dizendo que não posso me prejudicar, preciso me divertir e você precisa ficar com a minha namorada porque ela precisa de atenção.

2º São insistentes.

Estava dançando e resolvi parar um pouco para descansar. Mas uma das meninas, que por sinal dança demais, não queria que eu parasse porque senão ia ficar faltando uma pessoa na coreografia que ela havia feito. Mas eu não aguentava mais, meus pés estavam doendo muito, eu já devia estar dançando a mais de uma hora direto. 

Mas ela foi atrás de mim e falou tanto que achei melhor voltar pra pista e terminar pelo menos aquela série de músicas de axé que por sinal nem gosto muito.

Conhecia ainda uma Californiana, chamada Mariane, que me deixou encantada. Ela estava aborrecidíssima porque uma das amigas estava dizendo que ela ainda estava namorando um menino e ela não queria que ela continuasse a espalhar este “boato”. Afinal, ela precisava “partir para outra”, e a menina estava tornando as coisas mais difíceis ainda.

Mariane ficava o tempo todo passando mensagens pelo celular.  E, ao final da festa coloquei-a em um taxi, previamente agendado pela mãe, e ela dirigiu-se para o shopping Leblon onde iria fazer um trabalho.

Foi um dia muuuuuuuuuuito especial, com muita diversão, muito trabalho e acima de tudo com uma ótima oportunidade de fazer novas amizades. 

Cada vez mais descubro que eles são especiais não só por serem portadores de necessidades especiais, mas principalmente porque eles têm muito a nos ensinar com o jeito de levarem a vida. 

Parabéns Juju, pela festa, pela alegria, pelos amigos e principalmente por me dar a oportunidade de conviver com vc e desmoronar minhas certezas, fazendo-me refletir sobre o verdadeiro significado da vida, sobre o real valor que as coisas e as pessoas têm.