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Um grande amigo meu, depois de
uma longa conversa, soltou a seguinte frase: “A morte manda recados, a gente é
que não quer ver”.
Em se tratando de ser esse meu
amigo quem é, e depois da longa conversa que tivemos, onde ele relatou sua
experiência com a morte de um ente querido, acreditei no que ele havia dito.
Não é raro eu conversar com
pessoas que, depois de passarem por uma grande decepção com alguém, afirmarem,
ao analisar a situação friamente, que as tais pessoas já davam sinais de quem eram,
elas que não conseguiam ver.
Eu fico aqui, cá com meus botões,
imaginando se não conseguiam ou não queriam ver. É, porque se depois, fora da
situação, conseguiam enxergar o fato é porque o envolvimento fazia com que
fosse mais conveniente sublimar ou encarar o problema.
Existem momentos na vida da gente,
quando estamos para tomar decisões importantes, que sentimos como se alguém
estivesse nos alertando que o passo que estamos para dar pode não dar certo.
Quem já não esteve para fazer uma viagem e, de repente, a euforia se transforma
em agonia?
Pensando nisso tudo e também em
experiências que já tive, posso afirmar que as mensagens chegam sempre e que
nós deveríamos estar mais atentos a elas.
Eu gosto de dizer, porque é assim
que sinto, que o sexto sentido ou mesmo essa voz interior que muitos afirmam
ouvir é uma das formas que Deus usa quando quer nos dar um aviso. E que Ele faz
isso o tempo todo, mas nós estamos tão ocupados e atribulados que, embora o
aperto no peito venha, não paramos para não perder tempo. Só que o tempo que
não foi perdido pode custar muito mais adiante.
Hoje em dia aprendi a ouvir essa
voz. Quando percebo o perigo, paro e “faço calar e sossegar a minha alma”, como
diz o salmista. Às vezes consigo decifrar o recado imediatamente, em outros
momentos levo dias. Se o que está para se desenrolar não for tão importante,
mesmo sendo avisada, pago pra ver e, embora minha teoria seja confirmada,
arrependo-me imediatamente após o fato.
Mas, na maioria das vezes, consigo me segurar e recuar quando for preciso.
Dizem que as crianças são mais
sensíveis ainda a isso. E para confirmar o que estou dizendo, vou relatar uma situação
muito triste vivida por uma diretora que conheci. Vou tentar ser o mais fiel
possível, mas como já tem um bom tempo que ouvi a história, pode ser que cometa
algum erro. Mas vamos lá.
Ela disse que, uma vez, um aluno
pequeno, do primário, não queria ir para a escola. Inventou tudo quanto foi
desculpa, de dor de cabeça a enjoo. Como não conseguiu convencer sua mãe, trancou-se
no banheiro, alegando estar com dor de barriga. A mãe, achando que o menino
apenas estava enrolando, após ele sair do banheiro, dirigiu-se para a escola
com ele, mesmo já estando muito atrasado.
Ao chegar ao portão da escola,
disse para a diretora que ele não estava querendo estudar, por isso o atraso. E
que ela esperou ele sair do banheiro e o levou para a escola assim mesmo. A
diretora ainda questionou alegando que às vezes as crianças ficam indispostas,
e que deveríamos dar atenção a isso, tentar descobrir o que há e, se for
preciso, deixa-la ficar em casa.
Bem, o menino, depois do recreio,
quando subia para sua sala, resolveu sair da sua fila e entrar na fila de outra
turma que estava descendo para iniciar o recreio. Assim que os alunos entraram
em sala e se sentaram, a professora deu falta e foi procurar por ele. Alguém
disse ter visto o aluno brincando, em cima de um bueiro, lá no pátio externo da
escola. A tampa do bueiro estava
quebrada, e, portanto, com uma tábua por cima.
Naquele dia pela manhã, um caminhão, ao fazer
uma entrega para a escola, havia entrado, sem autorização, por um portão que
não devia e quebrado a tampa do bueiro. Por precaução, a diretora isolou a área
e colocou uma tábua em cima, sinalizando o perigo. O menino tirou a tábua,
ficou pulando em cima do bueiro, a tampa cedeu e o menino caiu no buraco, foi
arrastado e acabou morrendo.
Penso que ele havia recebido a
mensagem em casa e, por isso, não queria ir à escola. Mas, como não soubesse
interpretar, não conseguiu transmitir. E o fato lastimável acabara acontecendo.
Encerrando este post, volto a
afirmar que devemos sempre dar atenção a essa voz interior que nos fala, porque
com certeza ela não fala à toa, está sempre querendo entregar uma mensagem
provavelmente de advertência.
3 comentários:
Amei o texto. Feliz aquele que consegue ouvir a sua voz interior e viver conforme as suas deliberações. Bjs. Bom fim de semana, querida!
Oi Sandrine, passei para te contar que ontem postei uma análise sobre "O poder em cima do salto" e como vc tem o Clube do Salto, pode gostar de ler.
bjs Sandra
http://projetandopessoas.blogspot.com//
Eu acredito em sexto sentido, por isso ouço com atenção o que a voz interior me diz.
bjoks
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