Twitteiros

jornalbleh.com.br

É fato que a tecnologia veio para facilitar nossas vidas, tanto que ficamos a imaginar como conseguíamos viver sem telefone celular ou internet.  Mas é fato também que o que veio para facilitar está se tornando o mal do século e, justamente por isso, todo cuidado é pouco.

Tenho presenciado muitas mudanças de comportamento entre adultos, jovens, adolescentes e mesmo de algumas crianças, por causa o uso indiscriminado da internet instalada em seus aparelhos celulares.

A vida muda muito rapidamente e conceitos que pareciam ser muito fortes entre as famílias se dissipam sem que se tenha tempo de perceber e conter.  Precisamos ir de encontro aos nossos desejos e pensamentos enquanto podemos dominá-los. Ou, em outros casos, dar mais atenção aos filhos, netos e todos que estiverem ao nosso alcance de influência para tentar mostrar que uma comunicação deficitária pode ser assim como o dinheiro, “a raiz de muitos males.”

O que fazer para tentar deter um pouco essa comunicação virtual que tira qualquer chance da comunicação presencial?

Tenho testemunhado uma total falta de comunicação. Adolescentes que entram nos carros e não dão uma palavra com as pessoas porque ficam enfiados no telefone. Professores que vivem lutando contra essa arma que leva os alunos a twittarem com seus próprios amigos que estão ao lado em vez prestarem atenção às aulas.

Professores e até mesmo pessoas em alto escalão na área de educação  que não conseguem mais ficar atentos em uma reunião ou palestra porque precisam twittar em tempo real onde estão e o que estão “ficticiamente” fazendo no momento.

Acorda gente!!! A comunicação é uma das maiores armas que temos. Um casamento pode ser salvo se as pessoas conseguirem se comunicar melhor. Filhos podem dizer não as drogas se os pais estiverem atentos e conseguirem dialogar abertamente sobre isso. Alunos se livram de encrencas como reprovação e aceitação pelo grupo quando a comunicação é bem estabelecida.

Que tal deixar rolar a voz da experiência e tentar mostrar para todos que a comunicação virtual é boa, mas uma rodada de conversa entre amigos lava a alma, e isso não se faz pelo telefone, é preciso olhar para as pessoas e perceber o brilho nos olhos, a satisfação pela gargalhada ou mesmo o semblante de dor clamando por um ombro amigo.

É preciso unir o útil ao agradável abrindo bem os olhos para isto. De outra forma vamos, para nos sentirmos mais “modernos”, deixar que essa falta de comunicação se instale em nossas vidas também.

Lembrem-se: “Todo excesso é pecaminosos”.