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sábado, 26 de maio de 2012

O urso e a panela.

radiorainhadapaz.com.br
Estava eu, semana passada, abrindo meus mails quando abri a mensagem abaixo enviada pela minha mana Zeila.

Eu já conhecia o texto, até já o havia usado em uma "dinâmica" de fim de ano com meus alunos. Como a história voltou a mexer comigo, resolvi postá-la aqui. Quem sabe alguém, precisando tomar uma decisão, ao ler isso aqui, não vai se sentir mais forte? É, quem sabe?

Então vamos lá.



O urso e a panela


Um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.

A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida que o conduziu a um acampamento de caçadores.

Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo em brasas,

e dela tirou um caldeirão de comida.

Quando a panela já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda a sua força e enfiou a cabeça dentro dela, começando a devorar tudo.

Enquanto abraçava a panela, percebeu algo lhe machucando.

Era o calor do caldeirão... ele estava sendo queimado nas patas, no peito e em todos os lugares em que a panela encostava.

O urso nunca havia experimentado aquela sensação e,  interpretou as queimaduras pelo seu corpo, como algo que queria lhe tirar a comida.

Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto urrava, mais apertava a panela quente contra o seu corpo.

Quanto mais a panela quente lhe queimava, mais ele a apertava contra o seu corpo e mais alto urrava.

Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso caído próximo à fogueira, segurando a panela de comida.

O urso tinha tantas queimaduras que a panela grudou no seu corpo e, mesmo morto, ainda mantinha a expressão de estar urrando.

Na vida, algumas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser muito importantes.

Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e  por dentro,  e mesmo assim, continuamos agarrados a elas!

Temos medo de abandoná-las e esse medo nos provoca ainda mais sofrimento e desespero.

Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos destruídos por algo que, muitas vezes,

protegemos, acreditamos e defendemos.

Em alguns momentos da vida, é necessário reconhecer que nem sempre o que valorizamos tanto, é realmente importante; muitas vezes nos agarramos, com todas as forças, ao que nos causa apenas angústia e sofrimento...

Tenhamos o discernimento que o urso não teve.

Coragem! 

Solte a panela!!!!

3 comentários:

Aaliyahrj disse...

Amei o texto, Sandra! Muitas vezes temos q por em prática o desapago. É difícil, mas muito necessário!
Bjoks

Anônimo disse...

Oi, Sandra!
Muito legal o post! Apesar de conhecer o texto, sempre que tenho opotunidade, releio.
Como foi dito no comentário de Aaliyahrj é difícil,mas se conscientizarmos e exercitarmos o desapego, a vida pode se tornar mais leve. Olhar para outros caminhos e ver outras possibilidades é preciso.
Bjs, Mônica Marques.

Fabíola disse...

Perfeito o texto!
Não conhecia... muito legal!!!

Bjs,
Fabíola

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