Wangari Maathai |
A queniana Wangari Maathai morreu em 2011, mas deixou um
exemplo brilhante de uma pessoa que não se entrega.
Vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2004, foi presa e ameaçada de morte por lutar pela
democracia no Quênia.
Ela ficou conhecida no mundo pela sua luta de conservação
das florestas e do meio ambiente. Ainda na década de 1970 fundou o movimento do
Cinturão Verde Pan-africano (Pan-African Green Belt Network), no Quênia, uma
iniciativa que plantou 30 milhões de árvores.
Com sua atitude ela conseguiu não só mudar o clima de uma
região como também a vida de muitas pessoas, mas, acima de tudo, mostrou ser
possível lutar principalmente contra a opressão que a cercava por todos os lados.
Pessoas como ela mostram a todos nós que pequenas atitudes
podem tomar dimensões imensas e trazer muita esperança.
Na verdade, fico envergonhada pelo pouco ou quase nada que
faço para melhorar a vida do meu povo.
Somente um pequeno desabafo.
Assim, deixo aqui alguns pequenos trechos da sua
autobiografia "Plantio de Ideias", obtido no site Planeta
Sustentável.
"PLANTIO DE IDÉIAS
Graças a esses recursos, a visão que tive, no início dos anos 1970, se transformou, passando de algumas conversas e uns poucos viveiros de árvores ao plantio de literalmente milhões de mudas e à mobilização de milhares de mulheres. (...). Para restaurar terrenos degradados, tínhamos que cuidar das mudas. Disse então às mulheres:
- Vocês precisam verificar se as pessoas a quem deram suas mudas realmente as plantaram e também se essas mudas sobreviveram por pelo menos seis meses. Só então receberão sua compensação financeira.
É assim que o Movimento Cinturão Verde funciona até hoje. (...) À medida que ele se desenvolvia, fui me convencendo de que precisávamos identificar as raízes do depauperamento. Tínhamos que entender (...) por que havia desnutrição, escassez de água potável, perda de solo arável e chuvas irregulares (...).
Por que estávamos atentando contra o nosso próprio futuro? Aos poucos, o Movimento Cinturão Verde foi se transformando: de um programa de plantio de árvores passou a ser também um programa de plantio de idéias. (...)"
Graças a esses recursos, a visão que tive, no início dos anos 1970, se transformou, passando de algumas conversas e uns poucos viveiros de árvores ao plantio de literalmente milhões de mudas e à mobilização de milhares de mulheres. (...). Para restaurar terrenos degradados, tínhamos que cuidar das mudas. Disse então às mulheres:
- Vocês precisam verificar se as pessoas a quem deram suas mudas realmente as plantaram e também se essas mudas sobreviveram por pelo menos seis meses. Só então receberão sua compensação financeira.
É assim que o Movimento Cinturão Verde funciona até hoje. (...) À medida que ele se desenvolvia, fui me convencendo de que precisávamos identificar as raízes do depauperamento. Tínhamos que entender (...) por que havia desnutrição, escassez de água potável, perda de solo arável e chuvas irregulares (...).
Por que estávamos atentando contra o nosso próprio futuro? Aos poucos, o Movimento Cinturão Verde foi se transformando: de um programa de plantio de árvores passou a ser também um programa de plantio de idéias. (...)"
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